quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Quimioterapia
O que é a quimioterapia?
Quimioterapia é uma das modalidades de tratamento para o câncer, que envolve o uso de medicamentos injetáveis e orais que irão atuar de forma sistêmica no organismo do doente.
Qual é sua função?
Sua função é impedir que as células malignas cresçam e se dividam descontroladamente. As quimioterapias podem atuar em diversas fases do ciclo de vida da célula e com mecanismos diferentes, mas todos visam à destruição da célula cancerosa.
Quando ela é utilizada? Quais os requisitos ideais para a aplicação da quimioterapia?
Geralmente a quimioterapia é utilizada no tratamentos de tumores que tem facilidade de se espalhar pelo corpo. Alguns tipos de tumores diagnosticados em fase inicial, ou que não apresentam capacidade para metastatizar (espalhar para outros órgãos), podem não necessitar de quimioterapia, sendo curáveis com outras modalidades como cirurgia e/ou radioterapia.
Para receber quimioterapia o paciente deve ter exames adequados de sangue, função hepática e renal, entre outros. Mudança das drogas de escolha e ajustes de dose podem ser necessários dependendo dos resultados desses exames.
Quais os tipos de quimioterapia?
Existem diversas classes de quimioterapia, tanto injetáveis como em forma de comprimidos para administração oral. Cada tipo tem um mecanismo de ação diferente, isto é, agem em diferentes partes da célula e possuem efeitos colaterais variáveis entre si.
A radioterapia e a quimioterapia fazem o mesmo efeito? Quando uma é utilizada e quanto o médico opta pela outra?
A radioterapia tem uma ação mais localizada (somente na área irradiada), enquanto que a quimioterapia atua em todo o corpo. Ambas têm o objetivo de destruir a célula tumoral, mas também acabam atingindo células normais. As características de cada tipo de tumor e o estágio da doença são os fatores que norteiam a escolha do tratamento: quimioterapia, radioterapia ou a combinação dos dois.
Quais são os efeitos colaterais da quimioterapia?
A quimioterapia age no corpo inteiro e, além de matar as células tumorais, pode também ser tóxica para algumas células normais, principalmente aquelas que se multiplicam mais rápido. Os tipos de efeitos colaterais podem variar bastante entre os diferentes medicamentos, mas os mais comuns são: mucosite (aftas na boca), diarréia, náuseas/vômitos, alopécia (queda de pelos e cabelos), anemia (redução de glóbulos vermelhos), leucopenia (redução do número de glóbulos brancos e seus subtipos), plaquetopenia (redução dos elementos do sangue responsáveis pela coagulação), entre outros. Atualmente existem muitas maneiras de se controlar esses efeitos indesejáveis e muito pode se amenizado.
Quando a quimioterapia pode falhar?
As células tumorais podem sofrer mutações e ficar resistentes à quimioterapia. Por isso muitas vezes usamos a combinação de diferentes drogas, com mecanismos diferentes, para tentar destruir todas as células malignas. Mesmo assim, o câncer tem a capacidade de ficar resistente. É impossível prever quando isso vai acontecer. Dependemos da resposta individual de cada paciente para avaliar as falhas e propor outras alternativas de tratamento.
Dr. André Deeke Sasse
Médico oncologista doutor em quimioterapia pela UNICAMP, membro fundador e atual presidente do Centro de Evidências em Oncologia da UNICAMP (CEVON) e especialista e professsor de Medicina Baseada em Evidências e Farmacoeconomia. Atende em consultório no Radium Instituto de Oncologia.
Anemia
O que é anemia?
Algo entre 500 e 600 milhões de pessoas (o equivalente a um sexto da população mundial) sofrem de anemia. A Anemia é uma doença do sangue caracterizada pela produção de hemácias com reduzida capacidade de transportar oxigênio. No Brasil, a principal causa de anemia é aquela por falta de ferro no organismo.
lustração: Kauê Turcati
O que sente uma pessoa com anemia?
Os sintomas da anemia incluem cansaço fácil com palpitações após esforços leves, ritmo cardíaco acelerado, falta de fôlego, dores de cabeça, vertigens e tonteiras. Existem vários tipos de anemia e muitas manifestações variam de acordo com o tipo e a causa do distúrbio. A Anemia pode ser um aviso de uma doença mais séria, por isso seus sintomas não devem ser ignorados.
O que causa anemia?
Dietas mal-balanceadas – p.ex., pobres em ferro, vitamina C e vitaminas do complexo B – respondem por boa parte dos casos. Deficiências nutricionais impedem a fabricação de hemácias de boa qualidade. A produção de hemácias pela medula óssea também pode ser reduzida pela presença de infecções, venenos (como o chumbo) ou câncer.
As verminoses – que afetam cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo todo – são uma causa importante de anemia ferropriva. Muitas pessoas com anemia ferropriva na verdade apresentam sangramentos que podem variar desde uma simples hemorróida e pólipos benignos no intestino grosso até casos mais graves como úlceras gástricas e cânceres intestinais. Os tumores do trato gastrointestinal respondem por cerca de 2% dos casos de anemia ferropriva.
Menstruações muito intensas (menorragia) são causas comuns de anemia.
O uso prolongado de aspirina e antiinflamatórios não-hormonais (por exemplo: medicamentos à base de diclofenaco, ibuprofeno e naproxeno) também podem causar sangramentos no tubo gastrointestinal, mas raramente resultam em anemia.
A Anemia Hemolítica (destruição de hemácias) pode ocorrer na malária, em reações medicamentosas, na anemia falciforme, na talassemia e em alguns distúrbios hereditários que resultem em hemácias anormais. Este tipo de anemia também pode decorrer de uma transfusão sanguínea incompatível ou incompatibilidade Rh entre o recém-nascido e sua mãe.
A Anemia Aplástica consiste na incapacidade completa de produzir hemácias e pode ocorrer subitamente, sem qualquer motivo, ou ser causada por sensibilidade a uma droga, resultando em destruição das células da medula óssea.
A Gravidez é outra causa freqüente de anemia. Uma dieta bem balanceada oferece ferro o suficiente para uma mulher com ciclos menstruais normais. Estas mulheres necessitam cerca de 18 mg de ferro por dia. Se suas menstruações são particularmente intensas, ou se ela está grávida, sua ingestão de ferro pode não compensar sua perda, cabendo ao(a) médico(a) analisar a possibilidade de ferro suplementar na dieta. Mulheres grávidas ou que estejam amamentando necessitam de 15 a 30 mg de ferro diariamente.
Existem fatores de risco para anemia?
Sim, existem. Crianças e mulheres na pré-menopausa constituem o grupo de maior risco, sendo que as pessoas nas classes socioeconômicas menos favorecidas apresentam o dobro do risco daquelas nas classes média ou alta. As pessoas com o menor risco de anemia são os adolescentes, os homens jovens e as mulheres pós-menopausa.
a) Crianças: nenhuma criança é imune à deficiência de ferro. A anemia neste grupo provavelmente decorre de múltiplos fatores, incluindo introdução muito precoce de leite de vaca, uso de fórmulas pobres em ferro e a natural preferência delas por alimentos com pouco ferro. Crianças estritamente vegetarianas também apresentam um risco elevado de deficiência de ferro.
b) Mulheres na pré-menopausa: cerca de 10% das mulheres em idade fértil apresentam deficiência de ferro, e entre 2% e 5% apresentam nívei de ferro baixos o suficiente para casuar anemia. A anemia leve é particularmente comum nas mulheres que menstruam com muito intensidade ou por mais de 5 dias, que usam dispositivos intrauterinos (DIU) e aqueles que tiveram várias gestações. A gravidez por si já aumenta o risco de anemia, pois a demanda do corpo por ferro e ácido fólico aumenta bastante. Após o parto, 5% a 10% das mulheres apresentam um sangramento significativo que pode causar sintomas de anemia.
c) Idosos: via de regra, a anemia é comum e geralmente não é diagnosticada neste grupo de pessoas. A maioria das pessoas idosas anêmicas desenvolvem o distúrbio como consequência de angramentos gastrointestinais ou devido à perdas sanguíneas durantes procedimentos
cirúrgicos. Os idosos sem dentes ficam vulneráveis às deficiências de ácido fólico e outras vitaminas. Cerca de uma em cada 100 pessoas acima de 60 anos de idade apresenta anemia perniciosa, sendo que as mulheres apresentam um risco maior que o dos homens.
d) Alcoolistas: os etilistas apresentam riscos de anemia tanto decorrente de sangramentos gastrointestinais como por deficiência de vitaminas do
complexo B.
e) Atletas: a prática desportiva intensa e prolongada, tais como a desenvolvida pelos maratonistas, pode causar pequenos sangramentos gastrointestinais e lesar hemácias. A prática regular de exercícios pode causar uma perda de ferro comparável àquela da menstruação, mas raramente é preocupante.
Como é feito o diagnóstico de Anemia?
Através da análise das células vermelhas do sangue, exame chamado Eritrograma.
Como a Anemia é tratada?
A anemia ferropriva é tratada com a ingestão de alimentos ricos em ferro (folhas como alface, aioba e espinafres, e carne vermelha) e, caso ncessário, com suplemento alimentar de ferro (por exemplo, sulfato ferroso). A transfusão sangüínea pode ser indicada nos casos mais graves. O tratamento de outras formas de anemia inclui os mesmo princípios terapêuticos válidos para anemia ferropriva associados a medidas para resolver a doença de base – por exemplo, tratamento da malária, da intoxicação medicamentosa, etc.
A longo prazo, quais podem ser as complicações da anemia profunda?
A maioria dos casos de anemia são leves, incluindo aqueles decorrentes de doença crônica. Uma vez que uma redução no número de hemácias prejudica a capacidade dos pulmões em absorver oxigênio, a anemia, se não tratada, pode causar sérios problemas ao organismo, incluindo arritmias cardíacas e insuficiência cardíaca congestiva. Alguns tipos de anemia hereditárias, como a talassemia maior, a anemia perniciosa e a anemia falciforme, podem ser potencialmente fatais. A talassameia maior e a anemia falciforme podem ser particularmente devastadoras nas crianças.
a) Gestantes: grávidas anêmicas possuem um risco maior de complicações na gestação, articularmente quando se apresentam anêmicas no primeiro trimestre da gravidez. É comum encontrar baixos níveis de ácido fólico na ausência de suplementos vitamínicos, e as deficiências nos primeiros três meses aumentam o risco de defeitos no tubo neural dos fetos. Grávidas que fumam e que estejam anêmicas possuem um maior risco de morte súbita do recém-nascido.
b) Crianças e adolescentes: nas crianças, a anemia grave pode causar prejuízos (às vezes irreversíveis) no crescimento e no desenvolvimento motor e mental. Estas crianças também tendem a apresentar mais problemas emocionais e de comportamento.
c) Idosos: a anemia é comum nos idosos, e suas complicações podem ser muito mais sérias que nos indivíduos mais jovens. Os baixos níveis de ferro expõe a maiores riscos de morte e doença cardíaca.
O que é Anemia Falciforme?
Também conhecida pela denominação Drepanocitose, é uma doença sanguínea hereditária encontradas em pessoas negras e descendentes de negros. Nesta doença, uma hemoglobida defeiturosa deforma as hemácias quando na presença de baixos níveis de oxigênio. As hemácias passam com dificuldade pelos capilares, podendo ocasionar a formação de coágulos e outros eventos perigosos.
O que é Anemia Perniciosa?
Doença causada pela deficiência de uma substância denominada Fator Intrínseco, normalmente secretado pelo estômago. O Fator Intrínseco combina-se com um fator extrínseco, a vitamina B12, para formar uma substância que pode ser absorvida pelo corpo. A vitamina B12 é necessária para a divisão normal das hemácias. Quando não está disponível em quantidades suficientes, as hemácias não se dividem corretamente, tornando-se muito grandes (megaloblásticas) e contendo quantidades acima do normal de hemoglobina (hipercrômicas).
A anemia perniciosa é uma doença crônica e progressiva que atinge mais frequentemente idosos, mas pode afetar pessoas com menos de 30 anos de idade. Geralmente o tratamento envolve injeções de vitamina B12, resultando em alívio dos sintomas e melhora na contagem de hemácias. A anemia perniciosa também é conhecida como Anemia de Addison.
Dr. Alessandro Loiola
Médico especialista em Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo e atua nas áreas de medicina interna e saúde da família
Aplasia de Medula Óssea
O que é aplasia de medula óssea?
Aplasia de medula óssea é o nome médico dado à incapacidade da medula óssea em produzir uma quantidade normal de elementos formadores do sangue, ou seja, hemácias, leucócitos e plaquetas. A redução desses elementos ocasiona os sintomas clínicos associados.
O Estudo Internacional de Aplasia de Medula Óssea (“International Agranulocytosis and Aplastic Anemia Study” (1)) definiu essa síndrome clínica de forma laboratorial. Os pacientes portadores dessa patologia apresentam uma hemoglobina < 100 g/dL, plaquetas < 50 x 10 expoente 9/L, granulócitos < 1,5 x 10 expoente 9/L e uma biópsia de medula óssea mostrando uma redução na celularidade na ausência de infiltração neoplásica ou fibrose importante.
Qual a importância da produção de células sanguíneas?
Os três elementos formadores do sangue têm funções muito importantes na manutenção da saúde.
As hemácias ou elementos vermelhos do sangue têm como função carregar o oxigênio no nosso corpo através da hemoglobina presente no interior destas. Esse oxigênio é responsável pelo funcionamento das mais diversas células formadoras do nosso organismo.
Já os leucócitos ou células brancas são os responsáveis pelo combate às infecções. Quando falamos de leucócitos, incluímos os neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos, além de outras formas jovens menos frequentemente vistas em hemogramas de rotina.
As plaquetas, por sua vez, são pequenas células anucleares derivadas da fragmentação dos megacariócitos. As plaquetas circulam no sangue dos mamíferos e estão envolvidas na coagulação sanguínea. Por esse motivo, quando em número muito alto, podem facilitar a formação de coágulos que podem obstruir os vasos sanguíneos (tromboses) ou, quando em número muito baixo, podem não estancar os sangramentos.
É correto afirmar que existem dois tipos de aplasia de medula? Quais são?
Sim. Existem dois tipos de aplasia de medula óssea.
Uma delas é a aplasia de medula óssea hereditária. Este grupo inclui diversas doenças genéticas raras caracterizadas por vários graus de defeito na produção de hemácias, leucócitos e plaquetas pela medula óssea. São alguns exemplos a anemia de Fanconi e a síndrome de Shwachman-Diamond.
O segundo tipo é a aplasia de medula óssea ou insuficiência medular adquirida. Ela se caracteriza por uma pancitopenia (redução dos três tipos de células formadoras do sangue) com uma medula óssea hipocelular na ausência de uma síndrome herdada.
Há como identificar sintomas?
Os sintomas da aplasia de medula são reflexo da anemia (baixa de hemoglobina), neutropenia ou trombocitopenia (redução das plaquetas).
Podemos ver frequentemente petéquias, hematomas, sangramento de gengiva e epistaxe. Sangramento menstrual volumoso é comum em mulheres que já menstruam.
Os pacientes apresentam também sintomas pouco específicos associados à anemia, como cansaço e falta de energia. Crianças pequenas podem parar de se alimentar, brincar e dormir de forma excessiva.
Febre também é um sintoma que está associado à baixa dos leucócitos.
Como é feito o diagnóstico?
Ele é feito através de um exame de sangue (hemograma) e de um exame de medula óssea, que mostrarão os elementos-chave para o diagnóstico.
Como é o processo de tratamento de um paciente com aplasia de medula?
Inicialmente o paciente necessita de transfusões em caso de instabilidade devido à anemia ou ao sangramento ativo.
Posteriormente deverá ser avaliada a gravidade da aplasia de medula óssea. Em casos graves está indicada a tipagem do paciente e de alguns membros de sua família (irmãos e pais) na procura de doadores de medula óssea, visando um transplante de medula óssea.
Na ausência de um doador compatível nas aplasias de medula óssea adquiridas, o tratamento indicado é baseado em medicações imunossupressoras. Essas medicações incluem a timoglobulina, a ciclosporina e corticoide.
Referências:
International Agranulocytosis and Aplastic Anemia Study.
Incidence of aplastic anemia: the relevance of diagnostic criteria. Blood 1987; 70: 1718–21.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
TUDO SOBRE COMO DOAR SANGUE
QUEM PODE DOAR SANGUE
Toda pessoa saudável que tenha entre 18 e 65 anos de idade e, no mínimo, 50 quilos pode doar sangue. Basta tomar alguns cuidados:
• Repousar por seis horas na noite anterior à doação.
• Alimentar-se normalmente (evitar comidas gordurosas) e não doar em jejum.
• Evitar bebidas alcoólicas 06 horas antes da doação.
• Apresentar documento com foto.
• Homens podem doar a cada 62 dias e mulheres a cada 92 dias
IMPEDIMENTOS PARA A DOAÇÃO DE SANGUE
- Gripe ou febre.
- Gravidez ou amamentação.
- Cirurgia há menos de 6 meses
- Ter comportamento de risco para AIDS.
- Ter tido hepatite.
Requisitos para doar sangue:
Você deve ter mais de 18 e menos de 60 anos;
Seu peso deve ser superior a 50 kg;
Se homem, deve ter doado há mais de 60 dias;
Se mulher deve ter doado há mais de 90 dias; não estar grávida; não estar amamentando; já terem se passado pelo menos 3 meses de parto ou aborto;
Se você não teve Hepatite após os 10 anos de idade;
Se você não teve contato com o inseto barbeiro, transmissor da Doença de Chagas;
Se você não teve malária ou esteve em região de malária nos últimos 6 meses;
Se você não sofre de Epilepsia;
Se você não tem ou teve Sífilis;
Se você não é diabético;
Se você não tem tatuagens recentes (menos de 1 ano);
Se você não recebeu transfusão de sangue ou hemoderivados nos últimos 10 anos;
Se você não ingerir bebidas alcoólicas nas 24hs que antecedem a doação;
Se você estiver alimentado e com intervalo mínimo de 2 horas do almoço;
Se você dormiu pelo menos 6 horas nas 24hs que antecedem a doação;
Se você não se expõe ao risco de contrair o vírus da AIDS, tendo comportamentos como:
* não usar preservativos em relações sexuais
* Ter tido mais de dois parceiros sexuais nos últimos 3 meses
* usar drogas injetáveis
Antes da doação você vai passar por uma entrevista de triagem clínica, na qual podem ser detectadas algumas condições adicionais que possam impedir sua doação. Após cada doação serão realizados os seguintes exames em seu sangue:
Tipagem sangüínea ABO e Rh;
Pesquisa de anticorpos eritrocitários irregulares;
Teste de Coombs Direto;
Fenotipagem do Sistema Rh Hr( D,C,E.c,e) , Fenotipagem de outros sistemas;
Testes sorológicos para: Hepatite B, Hepatite C, Doença de Chagas, Sífilis, HIV (AIDS), HTLV I/II;
Todas as vezes que você doar sangue serão feitos todos esses testes, e você receberá o resultado em cada doação
PERGUNTAS E RESPOSTAS MAIS FREQÜENTES
_Doar sangue é seguro?
Sim, doar sangue não oferece riscos para quem o faz, já que nenhum material utilizado na coleta é reutilizado posteriormente, o que elimina qualquer possibilidade de contaminação
_Quem doa sangue uma vez é obrigado a doar sempre?
Não. Doar sangue não vicia o organismo da pessoa
_Qual a quantidade de sangue que se deve doar?
Uma pessoa adulta possui, em média, 5 litros de sangue. Em cada doação o máximo de sangue retirado é de 450 ml, e no mínimo, 300 ml.
_Quantas vezes por ano uma pessoa pode doar sangue?
O homem pode doar sangue a cada dois meses e a mulher de três em três meses.
_O que é preciso para ser um doador?
Ser solidário e se dar conta de que, um dia, você também poderá necessitar de uma transfusão. E TER OS REQUESITOS ACIMA CITADO NO PRIMEIRO TÓPICO
_Por que doar?
Sangue não pode ser fabricado, ele só pode ser obtido através da doação. É uma substância nobre que nenhum medicamento é capaz de substituir.
_O que acontece depois da doação?
O doador recebe um lanche e após 2 semanas saem os resultados dos testes realizados com o seu sangue. Os testes são realizados para detectar Anemia, Sífilis, Doença de Chagas, Anti-HTVL I/II, HepatiteB, Hepatite C e Anti-HIV I/II, ale da tipagem AB e Rh.
A mulher pode doar sangue estando menstruada? E durante a amamentação?
Sim, a mulher pode doar sangue se estiver menstruada e, até mesmo, caso esteja utilizando anticoncepcionais ou DIU. No caso da amamentação ( assim como nos casos de aborto ) o prazo para doação é de três meses após o parto ( ou o aborto ). Apenas as mulheres grávidas não devem doar sangue.
_O que se recebe quando se doa sangue?
Doar sangue é um ato voluntário cuja remuneração é proibida por lei. O doador tem direito ao Atestado de Doação e, após a segunda doação de sangue ele irá receber a Carteira de Doador.
_O que o Hemocentro faz com o sangue que recebe?
Todo sangue doado é separado em seus componentes e enviado aos hospitais para atender os casos de emergência e pacientes internados. Conheca alguns dos subprodutos do sangue:
Concentrado de Hemáceas: é usado em pacientes com anemias severas.
Plasma : usado em grandes queimaduras para repor grandes volumes de sangue perdido.
Concentrado de Plaquetas: utilizado em doenças onde a quantidade normal de plaquetas é baixa, ocasionando hemorragias.
(Fonte: Fundação Hemocentro de Brasília)
TUDO SOBRE PLAQUETAS
O concentrado de plaquetas pode ser obtido tanto de uma doação de sangue total, através da separação de seus componentes por centrifugação, quanto por aférese, a diferença é que esta última permite a coleta de uma quantidade muito maior de plaquetas (equivalente a seis unidades obtidas de sangue total). Aférese é uma palavra de origem grega, que significa separação. A doação de plaquetas por aférese é um processo automatizado pelo qual o sangue do doador é bombeado de uma veia do braço, passando por um equipamento que retém parte de suas plaquetas, e devolve o restante à veia do doador. Apenas cerca de 30% das suas plaquetas serão doadas sendo que destas, 10% seu organismo recupera em uma hora e o restante em cerca de 24 horas. O procedimento por ser feito com a ajuda de um equipamento sofisticado tem duração maior, aproximadamente de 90 minutos durante os quais o doador ficará sentado conversando ou assistindo televisão. Mais demorado que a doação tradicional, a plaquetaférese exige uma colaboração maior do doador ao paciente. A doação de plaquetas ajuda a muitas pessoas, principalmente as que sofrem de leucemia, outros tipos de câncer e doenças hematológicas.
FONTE
http://images.google.com.br/images?sourceid=navclient&rlz=1T4RNWN_enBR306BR306&q=plaquetas&um=1&ie=UTF-8&ei=6mLJSbCxAcOMtgenm-CTAw&sa=X&oi=image_result_group&resnum=4&ct=title
Por que doar plaquetas?
As plaquetas são elementos do sangue que atuam na coagulação. Elas são fundamentais para o tratamento dos pacientes. Há pacientes que apresentam deficiência de plaquetas, causada por transplante de medula, pela ação da quimioterapia ou por terem sofrido alguma intervenção cirúrgica
REQUISITOS PARA A DOAÇÃO DE PLAQUETAS POR AFÉRESE
- Estar em boa condição de saúde;
- Ter entre 18 e 60 anos;
- Ter peso igual ou superior a 50 Kg;
- Vir alimentado, evitando alimentação muito gordurosa e bebida alcoólica, pelo menos até 12 horas antes da doação;
- Ter dormido pelo menos 06 horas;
- Trazer RG ou documento equivalente;
- Não ingerir medicações anti-inflamatórias tais como AAS, Buferin, Doril, Aspirina.
- Ter disponibilidade de horário na data da doação e telefone para contato.
AFÉRESE
O que é doação por Aférese?
Aférese significa “separar” ou “retirar”. Portanto, através da doação por aférese é possível retirar apenas uma das células do sangue total.
A doação de plaquetas por aférese é o procedimento mais comum em nosso serviço.
Como é feita a separação de plaquetas por aférese?
A enfermeira conecta o doador à máquina de aférese, através de punção venosa em ambos os braços.
Por centrifugação a máquina separa o sangue do doador e retira somente as plaquetas, devolvendo as outras células ao doador. O sangue não entra em contato com a máquina e sim, com um material descartável e estéril que se chama Kit.
O procedimento dura aproximadamente 60 minutos, o que exige uma colaboração maior do doador ao paciente.
Doar plaquetas por aférese é seguro?
É totalmente seguro. Não há risco de se contrair qualquer doença, porque utiliza-se materiais estéreis e de uso único.
Durante este processo, a máquina coleta 10% das plaquetas circulantes no organismo do doador. A medula óssea do doador facilmente repõe esta quantidade de plaquetas em 24 horas, e as doações por aférese podem ser repetidas a cada 48 horas sem prejuízo ao doador.
Quem utiliza as plaquetas?
São pacientes que sangram devido a baixa contagem de plaquetas por causa de leucemias, câncer, anemia aplástica, quimioterapia, radioterapia e etc.
As pessoas submetidas a transplante de medula óssea, necessitam de muitas transfusões de plaquetas.
Como a aférese ajuda os pacientes?
Uma doação por aférese contém 8 vezes mais plaquetas do que numa doação tradicional. Então, em vez do paciente ser transfundido com plaquetas de 8 doadores, através da aférese é necessário apenas um doador
Por que doar sangue por aférese?
Para colaborar com os pacientes que necessitam de grande quantidade plaquetas.
Este tipo de doação proporciona resultados benéfícos ao paciente, sem prejudicar a saúde de quem está doando.
Quais as exigências para ser doador de plaquetas?
Ter idade entre 18 e 60 anos, ser uma pessoa saudável com ótimas condições de veias e que seja facilmente localizado quando for necessário doar.
Comparecer ao Hemocentro da FAMEMA com documento de identidade, onde o provável doador passará por entrevista e será coletado exames sorológicos para Hepatite, AIDS, Chagas, Sífilis, HTLV e hemograma com contagem de plaquetas.
Qual o tipo de sangue ideal?
Todos os tipos de sangue são ideais e necessários. O que é preconizado é dar preferência ao doador com ABO compatível ao paciente.
Recomendações ao doador de plaquetas por aférese:
- O doador será convocado previamente para a doação, por isso, deverá deixar um telefone para contato.
- O doador deverá comparecer ao Hemocentro no horário determinado com pontualidade.
- O doador não deve fazer uso de medicamentos tipo AAS, Aspirina, antinflamatório, etc. Se houver necessidade do uso destes medicamentos, entre em contato com a enfermeira do setor de aférese e comunique o fato.
- Os exames sorológicos terão validade por 10 dias. Se neste período o doador não fizer nenhuma doação, será necessário nova coleta de exames.
- No dia da doação o doador deve se alimentar normalmente, sendo que bebidas alcoólicas e alimentos muito gordurosos devem ser evitados desde a véspera da doação.
- Recomenda-se no dia da doação a ingestão de alimentos pobres em gorduras e ricos em cálcio (leite, queijo fresco, etc.).
fonte
http://www.famema.br/hemocentro/aferese.htm
DUVIDAS E RESPOSTAS
Qual o intervalo entre cada aférese?
Os exames sorológicos devem ser renovados a cada doação, ou realizados, no máximo, 24 horas antes da doação. Este procedimento visa aumentar a segurança transfusional, já que existe um período entre a contaminação do indivíduo e a demonstração disto em resultados laboratoriais.
Quem se beneficia?
Pacientes que sangram devido a baixa contagem de plaquetas por causa de leucemias, aplasia de medula óssea, quimioterapia, radioterapia etc.
O procedimento é doloroso?
Em termos. O doador será submetido a duas punções venosas semelhantes a da doação tradicional, uma em cada braço. O procedimento por ser feito com a ajuda de um equipamento sofisticado e tem duração de aproximadamente 90 minutos durante os quais o doador ficará sentado conversando ou assistindo televisão. Mais demorado que a doação tradicional, a plaquetaférese exige uma colaboração maior do doador ao paciente.
Eu corro risco de contaminação ao doar plaquetas?
De forma nenhuma. Durante todo o processo somente são utilizados materiais estéreis de uso único em sistema fechado de forma que o sangue do doador não entra em contato direto com o equipamento
Eu preciso usar algum medicamento?
Não. Durante o procedimento uma certa quantidade de anticoagulante circulará por seu sangue para evitar que este coagule no circuito, mas a quantidade é mínima e não lhe prejudicará em nada. Normalmente um pouco de soro fisiológico é acrescido ao circuito para completá-lo.
Eu posso sentir algum efeito adverso?
Raramente. Alguns doadores podem experimentar sensação de "friagem", tremor ou hipotensão devido ao anticoagulante ou à ansiedade.
Estas plaquetas não me farão falta?
Não, porque cerca de 30% das suas plaquetas serão doadas sendo que destas, 10% você recupera em uma hora e o restante em cerca de 24 horas.
O que é Leucemia?
O termo leucemia refere-se a um grupo de doenças complexas e diferentes entre si que afetam a produção dos glóbulos brancos. Para melhor entender esta, ou melhor, estas doenças, é importante que compreendamos a composição do sangue e da medula óssea.
O sangue é composto por plasma e células suspensas no plasma. O plasma é formado por água na qual se dissolvem vários elementos químicos: proteínas (ex.: albumina), hormônios (ex.: hormônio da tireóide), minerais (ex.: ferro), vitaminas (ex.: ácido fólico) e anticorpos, inclusive aqueles que desenvolvemos a partir da vacinação (ex: anticorpos ao vírus da poliomielite). As células presentes no sangue incluem glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e as plaquetas.
Os glóbulos vermelhos estão repletos de hemoglobina, a proteína que capta oxigênio nos pulmões e os leva para os tecidos. As plaquetas são células pequenas que ajudam a conter sangramentos, acoplando-se à superfície dos vasos, quando lesados, fazendo com que se juntem, fechando o local do sangramento.
Os glóbulos brancos são também denominados fagócitos, ou células “comedoras”, por “ingerirem” bactérias ou fungos e ajudar a destruí-los, auxiliando na cura de infecções. Os eosinófilos e os basófilos são sub-tipos de glóbulos brancos que participam da resposta a processos alérgicos. Linfócitos: são tipos de glóbulos brancos presentes, em sua maioria nos gânglios linfáticos e em menor número no sangue periférico, que têm como principal função manter a imunidade. Existem três tipos de linfócitos: Linfócito B, Linfócito T e células NK (Natural Killer). Todos estes tipos de células ajudam a combater infecções.
Glânglios linfáticos: são nódulos ou órgãos do tamanho de um grão de feijão, encontrados em todo o corpo. Eles se acumulam em certas áreas, como pescoço, axilas, peito, abdome e virilha. Vasos linfáticos são vasos que conectam os gânglios. Eles contêm linfa, uma espécie de fluido que transporta os linfócitos, e funcionam como “vias expressas” para o trânsito dos linfócitos.
A medula óssea é um tecido esponjoso, que ocupa a cavidade central do osso e onde ocorre o desenvolvimento de células sangüíneas que circulam no sangue. O processo de formação das células sangüíneas é chamado de hematopoese. Um pequeno grupo de células, denominadas as células-tronco hematopoéticas, é responsável por produzir todas as células sangüíneas no interior da medula óssea. As células-tronco hematopoéticas, se desenvolvem em células sangüíneas específicas por meio de um processo de diferenciaçã
Em indivíduos saudáveis, existem células-tronco hematopoéticas suficientes para que haja uma produção contínua das células sangüíneas. Quando as células estão completamente maduras (com capacidade de funcionamento), elas deixam a medula óssea e migram para o sangue, onde realizam suas funções.
Tipos de Leucemia
As principais formas de leucemia estão classificadas em quatro categorias. Os tipos de leucemia mielóide e linfóide apresentam-se de forma aguda ou crônica. Os termos mielóide e linfóide denotam o tipo de célula envolvida. Desta forma, os quatro principais tipos são leucemias mielóides agudas e crônicas e leucemias linfóides agudas e crônicas.
A leucemia aguda é rapidamente progressiva e afeta a maioria das células primitivas (ainda não totalmente diferenciadas ou desenvolvidas), que perdem a capacidade de desempenhar as suas funções normais. As células imaturas são denominadas “linfoblastos” nos casos de leucemia linfóide aguda e mieloblastos nos casos de leucemia mielóide aguda, multiplicando-se e acumulando-se, e desta forma, impedindo que sejam produzidas as células sangüíneas normais.
A leucemia crônica progride lentamente permitindo o crescimento de maior número de células já desenvolvidas. Em geral, essas células mais diferenciadas podem ser capazes de exercer algumas de suas funções normais.
As leucemias são doenças onde há uma alteração genética adquirida (não congênita) nas células primitivas da medula óssea. É importante ressaltar que não se trata de um fenômeno hereditário, apesar de ocorrer nos genes.
Leucemia Linfóide Aguda (LLA)
A Leucemia Linfóide Aguda (LLA), pode ser chamada de leucemia linfoblástica aguda, resulta em um dano genético adquirido (não herdado) no DNA de um grupo de células na medula óssea. As células doentes substituem a medula óssea normal.
Os efeitos são o crescimento incontrolável e o acúmulo das células chamadas de “linfoblastos” que perdem a capacidade de funcionar como células sangüíneas normais havendo um bloqueio da produção normal de células na medula óssea, levando a uma diminuição na produção de glóbulos vermelhos, plaquetas e glóbulos brancos na medula óssea.
Subtipos de Leucemia Linfóide Aguda:
A leucemia linfóide aguda pode se desenvolver a partir de linfócitos primitivos que estejam em vários estágios de desenvolvimento, sendo os principais subtipos descobertos por exames realizados nos linfoblastos leucêmicos, tais como:
Imunofenótipos(imunofenotipagem): Fenótipos são as características físicas das células. Os subtipos principais são T e B, assim chamados porque suas células apresentam características semelhantes a dos linfócitos T ou B normais. Uma vez que essas características são determinadas, o termo utilizado pode ser leucemia linfoblástica aguda tipo T ou leucemia linfoblástica aguda tipo B.
Anormalidades Cromossômicas(citogenética): Alterações nos cromossomos das células blásticas podem ser avaliados por exame denominado citogenética. Uma alteração específica nos cromossomos, também auxilia na classificação da doença e no planejamento do tratamento.
Dentre outras características importantes na orientação terapêutica estão a idade do paciente, o nível da contagem de glóbulos brancos do sangue e o envolvimento do sistema nervoso central.
Sinais e Sintomas:
Os sintomas são relacionados a diminuição na produção de células normais da medula óssea e com isso sua redução na circulação sangüínea:
1. Diminuição na produção de glóbulos vermelhos (hemoglobina): sinais de anemia levando a palidez, cansaço fácil, sonolência.
2. Diminuição na produção de plaquetas: manchas roxas que ocorrem em locais onde não relacionados a traumas, podem aparecer pequenos pontos vermelhos sob a pele (chamado de petéquias) ou sangramentos prolongados resultantes de pequenos ferimentos.
3. Diminuição na produção de glóbulos brancos: aumentado o risco de infecção.
Os linfoblastos leucêmicos podem acumular-se no sistema linfático, e, com isso, os linfonodos (gânglios) podem aumentar de tamanho. As células leucêmicas podem se alojar no líquido céfalo-raquiano causando dores de cabeça e vômitos.
Os sinais e sintomas da leucemia são inespecíficos e podem mimetizar várias outras doenças tais como infecção, reumatismo, entre outras. O paciente deve procurar seu médico para que seja feito o diagnóstico.
Procure as informações sobre sua doença, para que possa sentir maior segurança ao longo de seu tratamento.
Diagnóstico:
Para diagnosticar a doença, as células sangüíneas e da medula devem ser examinadas. O exame por coloração das células sangüíneas e sua visualização através de um microscópio, normalmente irá mostrar a presença de linfoblastos. Isso será confirmado através do mielograma (punção da medula óssea), que quase sempre mostra células leucêmicas . As células sangüíneas e/ou da medula óssea também são utilizadas para determinar o sub-tipo de leucemia com a realização de exame citogenético (ou cariótipo) e imunofenotipagem e quando necessário, para outras investigações especiais.
Tratamento:
A quimioterapia é a utilização de um conjunto de medicamentos para combater a leucemia. A maioria dos pacientes portadores de leucemia linfóide aguda necessitam iniciar o tratamento após estabelecido o diagnóstico.
O primeiro objetivo do tratamento é alcançar o controle da doença, que denominamos remissão. Quando esse objetivo primário é alcançado, o paciente não apresenta mais sinais ou sintomas atribuídos a doença e não existe evidência de blastos leucêmicos no sangue ou na medula óssea. A hematopoese é restaurada e com isso a contagem das células sangüíneas retorna a níveis normais.
A maioria dos pacientes recebe inicialmente a administração de quimioterapia intensiva para se atingir remissão e várias medicações são associadas ao tratamento do paciente. A seqüência de medicações é denominada de protocolo e o paciente deve conhecer as medicações que está recebendo, sua seqüência e principalmente os efeitos colaterais que possam ocorrer ao longo do tratamento.
A idade do paciente, o número de glóbulos brancos no sangue periférico, o tipo de linfócitos leucêmicos, conforme considerados pela citologia, imunofenótipo ou composição cromossômica, são parâmetros utilizados para decisão da equipe médica do protocolo mais eficaz a ser utilizado para o paciente. É importante, no entanto, que os pacientes procurem centros onde os médicos tenham experiência no tratamento de pacientes com leucemia aguda. As fases do tratamento são denominadas: indução, intensificação e manutenção.
Leucemia Linfóide Crônica (LLC)
A Leucemia Linfocítica Crônica ( LLC) é um tipo de câncer sangüíneo. LLC é a forma mais comum de leucemia em adultos. A maioria das pessoas com LLC estão acima de 50 anos de idade
A leucemia linfóide crônica resulta de uma lesão adquirida (não hereditária) no DNA de uma única célula, um linfócito, na medula óssea. A doença não está presente ao nascimento. Cientistas ainda não sabem o que produz essa lesão no DNA de pacientes com LLC.
Ocorre geralmente em pacientes com idade acima dos 50 anos, aumentando a incidência à medida que avança a idade. Raramente ocorre antes dos 40 anos, sendo uma doença que não é descrita em crianças ou adolescentes.
Aparentemente há maior incidência da LLC em algumas famílias, sendo essa ocorrência não usual, porém, está sendo estudado e assim os médicos podem saber mais a respeito do fato de que algumas famílias apresentam maior chance de desenvolver a doença.
Muitos pacientes com LLC fazem o diagnóstico após um check-up de rotina, quando, durante o exame físico, é encontrado um nódulo linfático ou um baço aumentado, ou quando um teste sangüíneo de rotina mostra um número de linfócitos mais alto que o normal. A partir do exame físico, o médico solicita alguns exames de laboratório para ter certeza do diagnóstico da LLC.
Alguns testes laboratoriais são realizados para diagnosticar a doença na medula óssea onde realiza-se a punção(mielograma) ou biópsia de medula óssea:
Sinais e Sintomas
Os sintomas da Leucemia Linfóide Crônica desenvolvem-se gradualmente.
Pacientes apresentam mais cansaço e falta de ar durante as atividades físicas.
Pode haver perda de peso e presença de infecções recorrentes na pele, na urina, nos pulmões e em outros locais. Muitos pacientes apresentam aumento dos gânglios (ínguas). Porém, geralmente o diagnóstico é feito por acaso em um exame médico regular.
Células LLC vivem mais do que linfócitos normais. Com o passar do tempo, as células LLC estão em maior número do que as células sangüíneas saudáveis no sangue, nos nódulos linfáticos e na medula. À medida que o número das células LLC aumentam, alguns pacientes podem apresentar aumento dos nódulos linfáticos, do baço ou ambos, causado pela invasão das células doentes nesses órgãos. Os pacientes com LLC podem começar a sentir menos energia quando apresentam menos células sangüíneas vermelhas saudáveis e mais células LLC
Alguns pacientes mantêm, no decorrer do tempo, as suas contagens de glóbulos brancos com pequenas alterações e com aumento modesto. Esses pacientes usualmente não são tratados e são denominados de baixo risco..
É interessante notar que quando a maioria dos pacientes recebe o diagnóstico de que possuem leucemia, eles ficam preocupados por não serem tratados.
Cabe ao médico tranqüilizá-los de que esta doença pode ficar estável por muitos anos e que o acompanhamento com exames clínico e laboratorial deve ser feito regularmente.
Raros pacientes (menos de 3% dos casos) podem evoluir para uma fase aguda, tendo seu prognóstico piorado e necessidade de um tratamento mais agressivo.
Diagnóstico
O diagnóstico da Leucemia Linfóide Crônica é feito por meio do exame de sangue (hemograma). Para confirmação do diagnóstico é necessária avaliação medula óssea (realização de mielograma), ou biópsia de medula óssecom os seguintes exames:
Imunofenótipos(imunofenotipagem): Fenótipos são as características físicas das células. Os subtipos principais são T e B, assim chamados porque suas células apresentam características semelhantes a dos linfócitos T ou B normais.
A imunofenotipagem pode mostrar se a LLC começou com um dos subtipos de linfócito: célula B ou célula T. A célula B é mais comum.
Anormalidades Cromossômicas(citogenética): Alterações nos cromossomos das células blásticas podem ser avaliados por exame denominado citogenética.
Uma alteração específica nos cromossomos, também auxilia na classificação da doença e no planejamento do tratamento.
Uma análise citogenética pode detectar se há alterações nos cromossomos nas células da LLC.
Um outro exame utilizado para verificar mudanças cromossômicas é denominado FISH (Hibridização por Fluorescência in Situ ) exame que realiza a contagem de células com cromossomos anormais. Esse exame também é realizado após o início do tratamento, para checar a efetividade dos medicamentos oferecidos ao paciente.
A biópsia de medula óssea pode ser útil na determinação da taxa provável de progressão da doença. Junto a isso, a mostra de células da medula é examinada para determinar se há anormalidades nos cromossomos (análise citogenética), exame não obrigatório para o diagnóstico, pode também ajudar na avaliação da progressão da doença.
Os exames de sangue para o diagnóstico são: Dosagem de imunoglobulinas (gamaglobulinas). As imunoglobulinas são proteínas que ajudam o corpo a combater infecções. Os pacientes com LLC não apresentam um número suficiente destas proteínas. Quando a doença está em fase avançada, os níveis baixos de imunoglobulinas podem ser uma causa das infecções
Tratamento:
Muitas pessoas com LLC possuem uma LLC de baixo-risco. Os pacientes com LLC de baixo-risco geralmente não apresentam sintomas nos estágios iniciais da LLC. Por muitos anos, os pacientes com LLC de baixo-risco apresentam pequena ou nenhuma mudança em suas rotinas diárias.
Para pacientes portadores de LLC de baixo-risco necessita fazer visitas regulares ao médico. Alguns médicos e pacientes chamam de ¨OBSERVE E AGUARDE¨.Isso é algo difícil para muitas pessoas se acostumarem. O médico irá verificar qualquer mudança na saúde.
A cada visita ao consultório, o médico irá:
Conversar com o paciente a respeito de como ele ou ela se sente.
Examinar o paciente.
Solicitar testes laboratoriais.
Leucemia Mielóide Aguda (LMA)
A leucemia é uma doença maligna (câncer) que se inicia na medula óssea e por sua vez, invade o sangue periférico. A leucemia mielóide aguda pode ocorrer em vários passos da diferenciação celular, conforme demonstrado no quadro acima na medula óssea.
A leucemia mielóide aguda (LMA) é o resultado de uma alteração genética adquirida (não herdada) no DNA de células em desenvolvimento na medula óssea
Subtipos de Leucemia Mielóide Aguda:
A leucemia mielóide aguda pode se desenvolver a partir das células pluripotentes em vários estágios de desenvolvimento. Os mieloblastos são células que perderam a capacidade de diferenciação, mas mantém a capacidade de multiplicação. Os principais subtipos estão descritos abaixo, e os exames realizados para estabelecer o diagnóstico nos mieloblastos leucêmicos são: citoquímica, imunofenotipagem e biologia molecular.
Fenótipos são as características físicas das células. O exame das células leucêmicas por técnicas citogenéticas permite a identificação de anormalidades cromossômicas ou genéticas nas células.
Embora as células leucêmicas se assemelhem às células sangüíneas, o processo de sua formação é incompleto e as células sangüíneas sadias, normais apresentam-se em quantidade insuficiente.
Sinais e Sintomas:
Os pacientes apresentam sintomas relacionados a diminuição da produção de células normais da medula óssea e com isso sua redução na circulação sangüínea:
1. Diminuição na produção de glóbulos vermelhos (hemoglobina): levando a anemia com palidez, cansaço fácil, sonolência.
2. Diminuição na produção de plaquetas: manchas roxas que ocorrem em locais onde não relacionados a traumas, podem aparecer pequenos pontos vermelhos sob a pele (chamado de petéquias) ou sangramentos prolongados resultantes de pequenos ferimentos.
3. Diminuição na produção de glóbulos brancos: aumentado o risco de infecção.
As células leucêmicas podem se alojar no líquido céfalo-raquiano causando dores de cabeça e vômitos.
Os sinais e sintomas da leucemia são inespecíficos e podem mimetizar várias outras doenças tais como infecção, reumatismo, entre outras. O paciente deve procurar seu médico para que seja feito o diagnóstico. Procure as informações sobre sua doença, para que possa sentir maior segurança ao longo de seu tratamento.
Diagnóstico:
Para diagnosticar a doença, as células sangüíneas e da medula devem ser examinadas. Além da contagem baixa de plaquetas e de glóbulos vermelhos, o exame por coloração das células sangüíneas e sua visualização através de um microscópio, normalmente irá mostrar a presença de mieloblastos. Isso será confirmado através do mielograma (punção da medula óssea), que quase sempre mostra células leucêmicas. As células sangüíneas e/ou da medula óssea também são utilizadas determinar o subtipo da leucemia investigando o número e forma dos cromossomos (exame citogenético ou cariótipo), imunofenotipagem e para outras investigações especiais.
Tratamento:
O principal objetivo do tratamento é atingir a remissão: ausência de células blásticas no sangue e na medula óssea. A produção normal de células sangüíneas é restaurando a contagem das células sangüíneas aos níveis normais.
O tratamento consiste na administração de quimioterapia intensiva para se atingir remissão completa, utilizando-se associações de quimioterápicos. É importante, no entanto, que os pacientes procurem por tratamento em centros especializados onde os médicos tenham experiência no tratamento de pacientes com leucemia aguda.
Leucemia Bifenotípica
Em aproximadamente 5% a 10% dos pacientes com leucemia aguda têm marcadores morfológicos, citoquímicos e imunofenotípicos demonstrando duas linhagens diferentes nos blastos: a linhagem mielóide e a linhagem linfóide. Este subtipo de leucemia é denominado leucemia bifenotípica.
Os marcadores estão expressos nos blastos geralmente em mais de uma linhagem, e a doença pode ter início nas células mais indiferenciadas, isto é, antes de se diferenciar em linfóide ou mielóide. Se estes casos representam a expressão do gene ou a transformação aberrante de uma célula mãe pluripotente é desconhecida.
As leucemias bifenotípicas parecem ser mais comuns nos pacientes com síndrome mielodisplásica prévia, leucemias secundárias, leucemias associados a translocação (11q23) e o cromossomo de Filadélfia (Ph).
Nenhuma recomendação específica do tratamento foi estabelecida para estes pacientes, mas a maioria dos oncologistas utiliza um protocolo híbrido para leucemia mielóide na indução e linfóide na manutenção com o intuito de destruir a maioria dos clones malignos.
fonte de pesquisas:http://www.abrale.org.br/abrale/quem/index.php
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
domingo, 18 de outubro de 2009
Tudo sobre tipos de Transplantes
Autogênico
Quando o doador e o receptor são a mesma pessoa, ou seja, as "stem cells" do paciente são coletadas e conservadas ( 4oc, congeladas ou criopreservadas) e posteriormente às altas doses de radio/quimioterapia são re-infundidas no próprio paciente
Alogênico
Quando o doador e receptor são pessoas diferentes. O doador deve ser compatível (a partir da tipagem do antígeno de histocompatibilidade = HLA) ao receptor, podendo ser consangüíneo (geralmente irmãos ) ou não consangüíneos (através de bancos de medula)
O que é transplante de Medula Òssea
O uso da medula óssea como forma de tratamento já oriunda de 1891 quando foi administrada por via oral no tratamento de leucemia por Brown-Sequard e D’Arsonaval. A partir das tragédias nucleares de New Mexico (EUA) e de Hiroshima (Japão) em 1945, os estudos se impulsionaram e conjuntamente com o esclarecimento do sistema HLA em 1964 por Dausset permitiram que em 1972 Thomas e colaboradores realizassem, com sucesso, o primeiro TMO alogênico em um paciente portador de anemia aplástica grave .
O conceito básico deste tratamento é que a partir de um doador coletamos as células progenitoras (stem cells) capazes de constituir a medula óssea e infundimos no receptor (paciente) após preparo adequado com o chamado regime de condicionamento. O regime de condicionamento é caracterizado por altas doses de quimioterapia e/ou radioterapia que variam dependendo da doença de base, e tem como objetivos :
Efeito imunossupressor, permitindo com que as células progenitoras se alojem sem serem destruídas pelo sistema imunológico do receptor
Efeito tumoricida, que em doenças oncológicas e onco-hematológicas levam a destruição de células tumorais
Baixa toxicidade
FONTE DE TODAS AS INFORMAÇÕES ACIMA
http://br.geocities.com/tmobahia/page1.html
Perguntas e Respostas
O que é transplante de medula óssea?
É um tipo de tratamento proposto para algumas doenças benignas ou malignas que afetam as células do sangue. Ele consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula.
O transplante pode ser autólogo, quando as células precursoras de medula óssea provêm do próprio indivíduo transplantado (receptor). Ele é dito alogênico, quando a medula ou as células provêm de um outro indivíduo (doador). O transplante também pode ser feito a partir de células precursoras de medula óssea obtidas do sangue circulante de um doador ou do sangue de cordão umbilical.
Quando é necessário o transplante?
Em doenças do sangue como a Anemia Aplásica Severa e em alguns tipos de leucemias, dependendo do subtipo, idade, e resposta a quimioterapia inicial. No Mieloma Múltiplo e Linfomas, o transplante também pode estar indicado.
Como é o transplante para o doador?
Antes da doação, o doador faz um exame clínico para confirmar o seu bom estado de saúde. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. A doação de medula óssea classicamente é feita por meio de um procedimento, de aproximadamente 90 minutos, em que são realizadas múltiplas punções com agulhas, nos ossos posteriores da bacia sendo retirado o produto através de aspiração. Retira-se um volume de medula do doador de, no máximo, 10% do seu peso, de 10 a 15 ml/kg de peso do receptor. Esta retirada não causa qualquer comprometimento à saúde do doador.
A retirada das células progenitoras pode ser realizada também através de leucaférese, conforme explicado no parágrafo acima.
Como é o transplante para o paciente?
Depois de se submeter a um tratamento que reduz drasticamente a produção normal de sangue, o paciente recebe as células progenitoras transfundidas para a corrente sangüínea.
As células progenitoras, uma vez na corrente sangüínea, circulam e vão se alojar na medula óssea e voltam a se proliferar.
Durante o período em que estas células ainda não são capazes de produzir glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas em quantidade suficiente para manter as taxas dentro da normalidade, o paciente fica mais exposto a episódios infecciosos e ou hemorragias. Por esta razão, deve ser mantido preferencialmente internado e em regime de isolamento. Cuidados com a dieta e higiene são necessários. Apesar dos cuidados as infecções são quase sempre presentes no paciente transplantado. Após a recuperação da medula, o paciente continua a receber tratamento, em regime ambulatorial, sendo necessário, por vezes, o comparecimento diário ao hospital.
Quais os riscos para o paciente?
A boa evolução durante o transplante depende de vários fatores: o estádio da doença diagnóstico precoce), o estado geral do paciente, boas condições nutricionais e clínicas.
Os principais riscos logo após o transplante, estão relacionados às infecções e às drogas quimioterápicas utilizados no condicionamento pré-transplante. Nos transplantes alogênicos, com a recuperação da medula, as novas células crescem com uma nova "memória" e, por serem células da defesa do organismo, podem reconhecer órgãos e tecidos do indivíduo como estranhos. Esta complicação, chamada de doença do enxerto contra hospedeiro, é relativamente comum, de intensidade variável e pode ser controlada, na maioria dos casos com medicamentos adequados
Quais os riscos para o doador?
No transplante convencional onde há aspiração da medula óssea, é um procedimento cirúrgico que necessita de anestesia geral, sendo retirada do doador a quantidade de células progenitoras da medula óssea em um volume necessário ao paciente: 10 a 15 ml/kg. Esse procedimento tem duração de aproximadamente 90 minutos e consiste de punções na região pélvica posterior para aspiração da medula. Dentro de duas semanas, a medula óssea do doador estará inteiramente recuperada. Uma avaliação pré-operatória detalhada avalia as condições clínicas e cardiovasculares do doador visando orientar a equipe anestésica envolvida no procedimento operatório.
Na coleta de célula progenitora do sangue periférico, os riscos estão associados à utilização de fator de crescimento (G-CSF) e ao procedimento aferético. Em relação ao uso de G-CSF pode haver dor óssea, febre baixa e em casos raros aumento do fígado e baço. Em relação ao procedimento aferético deve haver controle rigoroso clínico e metabólico durante o procedimento, seguido durante todo o tempo pelo médico.
O que é compatibilidade?
Para que se realize um transplante de medula alôgenico é necessário que haja compatibilidade entre doador e receptor. Esta compatibilidade é determinada por um conjunto de genes localizados no cromossomo 6. Esta análise é realizada em testes laboratoriais específicos, a partir de amostras de sangue do doador e receptor, chamados de exames de histocompatibilidade.
A probabilidade de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos (mesmo pai e mesma mãe) é de 25%. A probabilidade entre o paciente e o pai ou a mãe é inferior a 5%.
Devido a grande miscigenação de raça no Brasil, a probabilidade do encontro de um doador em bancos de medula estima-se que seja 1/300.000 em doadores brasileiros, e esse número é muito inferior nos bancos de medula óssea internacionais.
O que fazer quando não há um doador compatível?
Quando não há um doador aparentado (um irmão ou geralmente um dos pais), a solução é procurar um doador compatível entre os grupos étnicos (brancos, negros amarelos etc) semelhantes. Embora, no caso do Brasil, a mistura de raças dificulte a localização de doadores ou registros internacionais, é possível encontrá-los em outros países. Desta forma surgiram os primeiros Bancos de Doadores de Medula, em que voluntários de todo o mundo colhem sangue,fazem o teste de compatibilidade e são cadastrados no banco de medula. Quando encontrados os doadores são consultados e se estiverem aptos e de acordo, colhem as células progenitoras, essas células são remetidas ao centro cadastrado que fará o transplante do paciente. Hoje, já existem mais de 5 milhões de doadores. O Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME) coordena a pesquisa de doadores nos bancos brasileiros e estrangeiros. O centro que trata o paciente, o inscreve o seu paciente no REREME, e a partir daí a busca se dá periodicamente até o encontro de doador compatível.
Coleta Cordão Umbilical
No parto, após o nascimento da criança ocorre a saída da placenta, que é levada ao laboratório. Um vaso específico da placenta é então puncionado e o sangue de cordão é coletado
OBS: TODAS AS INFORMAÇOES ACIMA SOBRE A COLETA E FOTOS FORAM RETIRADAS
http://br.geocities.com/tmobahia/page10.html
O que é o sangue de cordão umbilical e placentário?
É o sangue que circula pelo cordão umbilical e pela placenta. Ele também é chamado de SCUP ( “Sangue de Cordão Umbilical e Placentário”).
Este sangue passou a ter muita importância porque pesquisadores descobriram nele um grande número de células “tronco” hematopoéticas – células importantes para os transplantes.
Como é feita a doação?
Após o nascimento, o cordão umbilical é pinçado e cortado, interrompendo a ligação entre bebê e a placenta.
A quantidade de sangue ( de 70 a 100ml) que permanece no cordão e na placenta é drenada e transferida para um banco de sangue de cordão umbilical, onde será congelada e armazenada.
Estas células podem permanecer armazenadas por vários anos e ficam disponíveis para serem transplantadas.
Este processo não causa danos para a mãe e para o bebê e só pode ser feito com a autorização da mãe.
Quem pode ser beneficiado pela doação?
Todos os pacientes que precisam de um transplante de medula óssea e que não apresentam doador familiar compatível.
Quais são os tipos de doação possíveis no programa do INCA?
São dois tipos de doação:
1. Doação voluntária para o Banco, cujas células ficarão disponíveis para qualquer pessoa que necessite.
2. Doação para um irmão que comprovadamente apresente doença com indicação de um transplante e medula óssea.
Estes tipos de doação não possuem custos para a família e devem ser realizados através de consulta / agendamento direto com o Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário do INCA ( tel: 21- 2506-6390).
Como posso doar o sangue do cordão Umbilical do meu bebê?
Para atender ãs mães que querem doar voluntariamente o sangue do cordão do bebê, o Instituto Nacional do Câncer firmou convênio com esta maternidade, onde uma equipe com enfermeiros fica disponível para realizar coletas.
Embora estejam em desenvolvimento vários programas semelhantes em todo o Brasil, a necessidade de armazenamento de sangue de cordão umbilical é grande. O Banco de Sangue de Cordão Umbilical do INCA tem capacidade para armazenar 4 mil amostras.
Alguém ficará sabendo da minha doação?
Não. A doação voluntária é confidencial e nenhuma troca de informações é permitida entre o doador ( a mãe do bebê ) e quem recebe a doação.
Como os pacientes podem receber a Doação?
Os pacientes com indicação para transplante deverão ser cadastrados, pelo Registro de Doadores de Medula Óssea ( REDOME ), de acordo com suas características ( HLA) . Haverá, então, um cruzamento de informações entre o REDOME e o Banco de Sangue de Cordão Umbilical, a fim de identificar
um doador compatível entre as unidades armazenadas. O processo de transplante é semelhante ao utilizado para medula óssea, ou seja, o paciente recebe as células “tronco”, através de uma transfusão.
O que é o sangue de cordão umbilical e placentário (SCUP)?
Devido às dificuldades de se encontrar doadores de medula óssea, busca-se fontes alternativas de células progenitoras. Pesquisas demonstraram que, durante a gestação,
O sangue de cordão umbilical é uma fonte rica de células progenitoras. Após o parto, o sangue que permanece no cordão umbilical e na placenta, contendo células progenitoras é geralmente descartado. A partir dessa descoberta, as células progenitoras obtidas do sangue de cordão umbilical vêm sendo utilizadas em modelos terapêuticos onde é indicado o transplante de medula óssea.
Qual a principal utilização do sangue de cordão umbilical?
O uso terapêutico comprovado é a reconstituição de células do sangue, substituindo a medula óssea nos pacientes que não têm doador.
Como é feita a coleta de sangue de cordão umbilical?
A doação do sangue do cordão umbilical não começa na coleta. Ela passa por várias etapas:
1 - Triagem: as mães dispostas a doar passam por uma triagem desde o pré-natal. São excluídas aquelas que apresentarem doenças genéticas e histórico de neoplasia, entre outros, e aquelas que tenham deixado de realizar pelo menos duas consultas no pré-natal.
2 - Coleta: passada a triagem, o sangue do cordão é coletado tanto em partos naturais quanto em cesáreas. A coleta é acompanhada por três formulários: um relatório do histórico clínico materno e familiar, um histórico do parto do recém-nascido e um termo de consentimento livre e esclarecido, que regulariza a doação do material. Também é retirada uma amostra de sangue materno para a triagem sorológica de doenças como hepatites e Aids.
3 - Análise: o material coletado é acondicionado sob refrigeração. Depois, passar por uma contagem do número de células e de volume. Se esses números forem baixos, a unidade coletada é desprezada. Caso apresente um número adequado de células tronco, a unidade é processada e armazenada em local próprio.
4 - Consulta com a mãe e o bebê: há uma consulta com a mãe, de dois a seis meses após o nascimento, para novos exames de sangue e observação do estado geral do bebê. Caso tenha ocorrido alguma anormalidade, a unidade de células tronco é descartada. Só após esses exames a unidade tem sua tipagem realizada e disponibilizada no registro de doadores.
Quais são os procedimentos necessários para a doação?
Podem doar mães com menos de 36 anos, cujo bebê venha a nascer com idade gestacional maior de 35 semanas e peso maior que 2 kg. Algumas exigências devem ser cumpridas antes da coleta, similares às requeridas para doação de sangue. Antes do parto, a mãe deverá passar por uma triagem clínica (entrevista). Segundo a legislação brasileira, entre 60 e 180 dias após o parto, a mãe deverá retornar ao banco de sangue para uma nova entrevista e coleta de sangue para a realização dos testes laboratoriais.
O que garante a qualidade do material armazenado?
O sangue do cordão umbilical passa por vários testes e é armazenado em locais específicos até a liberação final, após o retorno da mãe para a coleta de nova amostra de sangue.
Que paciente pode ser tratado com esse tipo de célula tronco?
O número de células tronco que vem do cordão e da placenta é geralmente insuficiente para transplantar pessoas adultas. Portanto, crianças e adultos de tamanho pequeno ou médio (até 50 kg) podem receber as células progenitoras provenientes de cordão umbilical. Para adultos, uma bolsa de sangue não basta. Se houver mais de uma compatível e número de células suficiente, é possível realizar o transplante dessas células progenitoras em adultos.
FORMAS DE COLETAS
Coleta feita pela Veia
AFERESE
A coleta pela veia é realizada pela máquina de aférese. O doador recebe um medicamento por 5 dias que estimula a multiplicação das células- mãe. Essas células migram da medula para as veias e são filtradas. O processo de filtração dura em média 4 horas, até que se obtenha o número adequado de células. O efeito colateral mais frequente deste procedimento é devido ao uso do medicamento ,que em alguns doadores pode dar dor no corpo, como uma gripe.É necessária a avaliação pela enfermagem do acesso venoso periférico do doador.
Os riscos para o doador são praticamente inexistentes. Até hoje não há nenhum relato de nenhum acidente grave devido a esse procedimento. No caso da punção diretamente dos ossos da bacia, os doadores de medula óssea costumam relatar um pouco de dor no local da punção.
O médico vai informar sobre qual a melhor forma de coleta de células. Dependendo da doença e da fase em que se encontra, o paciente pode se beneficiar mais com uma forma de doação.
O transplante só será realizado quando o paciente estiver pronto para recebê-lo, esta resolução cabe ao médico que está acompanhando o paciente.
O doador por possuir uma medula sadia e bom estado de saúde, reconstituirá o que doou rapidamente e poderá voltar às atividades normais. Em casos especiais e raros, como compatibilidade com outra pessoa, o doador poderá doar novamente a medula óssea.
Coleta direta da Medula Ossea
é realizada com agulha especial e seringa na região da bacia . Retira-se uma quantidade de medula (tutano do osso) equivalente à uma bolsa de sangue. Para que o doador não sinta dor, é realizada anestesia e o procedimento dura em média 60 minutos. A sensação do doador é de média intensidade e permanece em média por uma semana (2 a 14 dias), semelhante a uma queda ou uma injeção oleosa. Não fica cicatriz, apenas a marca de 3 a 5 furos de agulhas. É importante destacar que não é uma cirurgia, ou seja, não há corte, nem pontos. O doador fica em observação por um dia e pode retornar para sua casa no dia seguinte.
Doador em decubito ventral (de bruços) sob anestesia. Observa-se agulha de Jemishid sendo implantada na espinha ilíaca postero superior. (bacia). Posteriormente a retirada do mandril, conecta-se à agulha a seringa. Realizada aspiração de 5 mls de medula óssea por punção, até retirada de volume adequado. (10 a 15 ml/kg de peso
OBS: TODAS AS INFORMAÇOES ACIMA SOBRE A COLETA E FOTOS FORAM RETIRADAS
http://br.geocities.com/tmobahia/page10.html
Como é feita a doação de medula óssea
">Após a confirmação da compatibilidade entre o doador e receptor e confirmada a decisão sobre a doação , o resultado é encaminhado ao centro transplantador , e é lançada a possível data do transplante. Confirmada a data, o centro que coletará a medula do doador desencadeará a realização dos exames clínicos, laboratoriais e de imagens do doador, ou seja, a realização do work up do doador.
O potencial doador deve ser avaliado com exame físico e testes laboratorias, a fim de garantir a segurança do receptor, evitando transmissão de doenças, bem como a segurança do próprio doador.
Essa avaliação deve considerar idade, sexo, doenças crônicas, avaliação das funções hepáticas e renal, tipagem ABO e HLA, sorologias, vacinações recentes, teste de gravidez, radiografia de tórax, eletrocardiograma e avaliação psiquiátrica.
Existem duas formas de doar as células progenitoras ou células-mãe da medula óssea. Uma relacionada à coleta das células diretamente de dentro da medula óssea (nos ossos da bacia) e a outra por filtração de células-mãe que passam pelas veias (aférese).
1) A coleta direta da medula óssea é realizada com agulha especial e seringa na região da bacia . Retira-se uma quantidade de medula (tutano do osso) equivalente à uma bolsa de sangue. Para que o doador não sinta dor, é realizada anestesia e o procedimento dura em média 60 minutos. A sensação do doador é de média intensidade e permanece em média por uma semana (2 a 14 dias), semelhante a uma queda ou uma injeção oleosa. Não fica cicatriz, apenas a marca de 3 a 5 furos de agulhas. É importante destacar que não é uma cirurgia, ou seja, não há corte, nem pontos. O doador fica em observação por um dia e pode retornar para sua casa no dia seguinte.
PROCEDIMENTOS NECESSÁRIOS PARA SE CADASTRAR COMO DOADOR
Você precisa ter entre 18 e 55 anos e estar em bom estado de saúde;
Procure na sua cidade um hemocentro ou hemonúcleo autorizado e CADASTRE-SE !(Veja os endereços de onde se cadastrar como doador voluntário no Brasil, clicando aqui!)
O CADASTRO consiste no preenchimento de uma ficha de identificação e na COLETA de um simples exame de sangue para o teste de compatibilidade (tipagem HLA);
Seus dados e sua tipagem HLA serão cadastrados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME);
Quando aparecer um paciente com a medula compatível com a sua, você será chamado;
Novos testes sanguíneos serão necessários para a confirmação da compatibilidade;
Se a compatibilidade for confirmada, você será consultado para decidir a doação;
Seu atual estado de saúde será então avaliado.
COMUNIDADE OFICIAL NO ORKUT
Assinar:
Postagens (Atom)